Vender é bom. Vender muito é ótimo. Ser rejeitado, no entanto, já é outro assunto.

Parece ser uma resposta óbvia, mas nem tanto. A rejeição, por incrível que pareça, pode ser muito boma e lucrativa para o seu negócio.

Nas últimas décadas, o consumo de nicho se tornou o padrão e muitas marcas surgiram para atender grupos ou comunidades específicas que se conectam com um estilo de vida ou um padrão de comportamento determinado. As marcas se comunicam para essas pessoas.

Como é ser rejeitado?

Acompanhe um exercício visual.

No Brasil, segundo a Conversion, a Amazon tem cerca de 8% do marketshare referente ao varejo online.

Quando você tem 8% de um mercado, isso significa que aproximadamente 1 em cada 12 pessoas compram da sua empresa. Isso também significa que você vê 92%, 11 das 12 pessoas, indo comprar em outros locais.

Pode parecer catastrófico ver tanta gente indo embora, mas não é. A Amazon é a segunda maior varejista online no país, atrás apenas do Mercado Livre. Se você acha que todos pedem iFood, eles têm aproximadamente 2% do mercado. A cena fica ainda “pior”: uma pessoa em 50!! No entanto, estamos falando de empresas que valem bilhões. Trilhões, no caso da Amazon.

Posicionamento sempre!

As marcas precisam cada vez mais refinar suas estratégias de conversão e de aquisição de clientes mas, principalmente, precisam dominar a mente daqueles que se conectam com ela. E replicar esse modelo.

Qual o perfil – ou perfis – de consumidores que compra o maior ticket, com maior recorrência, que engaja na comunicação, que tem aderência em minhas ações e que me gera lucratividade? O que essa pessoa valoriza e como eu posso evoluir minhas entregas para gerar ainda mais valor?

Sim, o posicionamento é um excelente e necessário guia para inovação de produtos, serviços e novos modelos de negócio. Ele oferece à sua empresa os insights e coloca os limites necessários para oferta de novas soluções.

Empresas modernas e ágeis sempre caem na tentação de mais um produto, mais um negócio, mais uma vertical de atuação. No entanto, será que isso não gera esquizofrenia na percepção do seu negócio ao invés de fortalecer? Se a oferta estiver aliada ao propósito, é mais provável que fortaleça.

Leia também: Quem é você e para quem você está falando?

O pato e o almoço na balada!

Muito se diz sobre ser um pato, como sinônimo de não fazer nada bem feito. Não corre bem, também não voa nem pode nadar, e não é conhecido por nenhuma habilidade dessas.

A versão para o mundo corporativo é o bar/balada que começa a ir mal das pernas e, lá pelas tantas, resolve abrir para o almoço e oferecer mais uma refeição na tentativa de engordar o caixa. Além de uma operação tão complexa tanto a noturna (ou até mais), isso faz com que se perca posicionamento. Já não sabemos mais se é um local pra almoçar, para tomar uma cerveja ou comer um petisco. O que já não tinha força, perde identidade e o público passa a optar por outros locais.

Não tenha medo!

É isso.

Não ser escolhido por alguém significa que aquela pessoa não é o seu público. Mas cuidado: não ser escolhido por ninguém não quer dizer que você é único, mas que pode ter problemas.

Ser único é ser diferente. É ousar e desafiar. É ter coragem e mostrar valor.

Se você não se mostra vulnerável, não pode evoluir e aprender. Se você não lida bem com a rejeição, também não terá amor.