Spoiler: esse texto contém pitadas bastante pessoais de experiências que trago para o universo do branding. Bom café e ótima leitura ☕️

2022 foi um ano do meu rebranding pessoal.

Mudei de estado civil, de cidade, de estado… olhei para a pessoa e o profissional que eu era e resolvi que já não me comunicava com o mercado da melhor maneira, de uma forma verdadeira. Com isso, abri mão das promessas de ano novo e comecei uma jornada de execução.

Ter um planejamento é importante, ter um guia de próximos passos ajuda a clarear nossas decisões, mas a ação e o aprendizado do caminho são reis. Para começar, apenas… comece!

Andar, caminhar, movimentar, agir, tudo isso precisa de uma boa dose de coragem. E, por mais estranho que possa parecer num primeiro momento, coragem e vulnerabilidade são praticamente sinônimos, e não o contrário.

Expondo minhas vulnerabilidades, aprendi a ser mais humano, mais empático e mais sensível. Sou um homem, branco, hétero, privilegiado em uma boa família desde o berço, e isso me faz ser míope em relação ao mundo. Não por maldade, mas por não ter sido exposto às mazelas que grande parte da nossa população sofre todos os dias em busca de coisas simples que, para mim, sempre foram normais e acessíveis.

Participei de encontros, conversas, debates. Assumi ainda mais a condição de eterno aprendiz sobre a vida, sobre a mulher, sobre PCDs, sobre pessoas pretas, sobre tudo que eu podia. Não raramente era um dos poucos, se não o único homem. Nós, homens, temos medo de nos mostrarmos ignorantes, frágeis, vulneráveis… mas vejo que isso pode mudar bastante.

Aqui, faço um agradecimento especial à Dirlene Silva, mulher preta, economista, que viu em mim esse desejo de melhorar e me convidou para uma dessas conversas e que me proporcionou um momento incrível de aprendizado. Sigam ela por aqui.

Num paralelo direto com o Branding, vejo muitas marcas escondendo suas questões, passando pano em assuntos sensíveis, evitando investir em programas de diversidade como se falar sobre isso fosse uma bandeira complexa de ser levantada.

Complexo, para mim, é vivermos num mundo onde vemos as coisas que podemos mudar e influenciar e abrirmos mão do nosso papel por medo. Medo de perder um cliente, medo de uma crítica, medo da rejeição.

Posicionamento, na vida, é deixar claro. Também é abrir mão. É lidar com a falta e… adivinhem: é justamente a falta que gera o desejo. Relacionamentos de verdade, 1:1, human to human, são baseados em posicionamentos fortes, sinceros e verdadeiros.

Aventure-se em ser quem você é. Seja uma pessoa, seja uma marca.

Quando você é de verdade, isso reverbera. Quando você é sincero, isso ecoa. Quando você é humano, isso conecta. Posicionar não é perder, é conectar. É deixar claro e, por isso, atrair.

Desejo que em 2023 você seja vulnerável e que isso te leve a lugares incríveis.

Feliz ano novo!