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Antes das plataformas digitais, a voz da marca era homogênea. Ou falava-se para o público do seu bairro ou para o grande público e, consequentemente, toda percepção de valor de marca era pautada dessa forma. Por muito tempo, nesse contexto, pessoas não tinham voz nem espaço para falar sobre diversidade.

Tudo junto e misturado!

Diversidade, como era de se esperar, não tem uma interpretação restrita. A busca pela diversidade ocorre em diversos aspectos, sejam sexuais, sociais, étnicos, etários, geográficos, entre outros. A sociedade nunca antes buscou tanto sobre temas como feminismo, racismo e causas LGBTQIA+ quanto atualmente. Desde 2012, o número da busca por temas dessas pautas duplicaram.

Essa busca por conteúdos de diversidade não vem desamparada. Conteúdos sobre homofobia, racismo, LGBTQIA+ e feminismo crescem e são cada vez mais acessados, mostrando um interesse público em entender e lidar com o tema da melhor forma possível.

Mas o que tudo isso significa? Que é somente o assunto do momento? De jeito nenhum! A grande verdade é que diversidade sempre foi um tema buscado, defendido e batalhado pelas minorias. Hoje, com a internet e a exposição dos crimes, a voz começa a ecoar mais forte. Seja a diversidade sexual como mais buscada em São Paulo, seja o feminismo no Rio de Janeiro ou seja o racismo na Bahia.

Representatividade importa, e sua marca já não fala mais para o mesmo grupo massificado de antes. É o momento de começar a prestar maior atenção na diversidade.

Lacração sem close errado

Dependendo da trajetória de sua marca, começar a falar sobre diversidade pode parecer uma mensagem totalmente forçada. Seu público não é bobo, e já está ligado em conteúdos dessa pauta muito antes de qualquer campanha sua. As coisas precisam fazer sentido e, acima de tudo, serem verdade.

Depois, precisamos entender a pauta e fazer um diálogo livre entre as duas partes. Prezar pela igualdade. Já existiram casos – e não vou dar audiência – de marcas humilharem feministas buscando atrair um público reacionário. Não faça isso.

Dados mostram que há público para abraçar marcas que discutam essas pautas. Mais especificamente, 54% dos Millennials. Igualdade e diversidade, infelizmente, ainda têm muito para ser discutido plenamente. Ainda há um longo caminho a ser trilhado!

Mas onde entra a marca nisso?

Em tudo! Marcas como O Boticário e Avon, por exemplo, já investiram em campanhas retratando o público gay e, até mesmo, toda uma linha da Avon sendo utilizada pelas mulheres trans.

No YouTube, muitos criadores de conteúdo já têm seu público e espaço. Isso indica que há uma grande busca por parte dos brasileiros em compartilhar conhecimentos e conquistar seu lugar de fala.

Conhecimento é importante. Sua marca estar ligada em diversidade é uma coisa. Forçar uma narrativa quando nada foi construído, por outro lado, é um desrespeito. Ninguém gosta de textão e de comerciais de marcas tentando lacrar do nada! Fique atento e busque trabalhar esse assunto de forma natural para a sua mensagem.

Você conhece algum bom (ou mau!) exemplo de marca que tem utilizado o apelo da diversidade? O que seria uma boa prática para você? Contribua para essa discussão, deixe o seu comentário!